Compreendendo os esqueletos em jogos de RPG


Personagens esqueletos são alguns dos estereótipos utilizados em aventuras de exploração de cavernas, cemitérios, catacumbas, etc. A proposta deste texto é tentar compreender os dois lados da moeda. Como interpretar esqueletos sendo personagem do narrador e jogador. Sendo assim, suas aventuras com estas criaturas passam a ser uma opção interessante em seus jogos.


Ressuscitando

Os esqueletos são restos mortais de uma criatura falecida. A princípio foram reanimados por um feitiço. Diferente de um zumbi - a carne, pele e órgãos estão em decomposição - o esqueleto possui apenas os ossos. Este feitiço é gerado por diversos fatores que irei abordar mais à frente. Os esqueletos não morrem, mas são derrotados. Mas como são derrotados? Veja abaixo três motivos fundamentais:


  • Acertar golpes que desmontem parcialmente ou totalmente o esqueleto.
  • Derrotar o responsável por manipular os esqueletos.
  • Destruir o objeto que está controlando todos os esqueletos. 
  • Algumas sugestões para a origem dos feitiços de manipulação dos esqueletos:


Maldições: Feitiços lançados em restos mortais capazes de reanimá-los. Feitiços lançados quando a criatura estava em vida para poder despertar após a morte. Outro exemplo é o personagem transformar-se em um esqueleto de acordo com o estado mental ou físico.

Feiticeiros: Alguns feiticeiros são grandes estudiosos na arte da vida após a morte. E por talento conseguiram reanimar algumas ossadas. Estes feiticeiros são conhecidos pelos nomes Necromancer e Xamã.

Objetos encantados: Alguns objetos podem possuir uma carga de encantamento. Podem ser cetros, obeliscos, lâminas, jóias, etc. Isso varia conforme a criatividade do narrador.

O principal objetivo dos esqueletos é obedecer as ordens de seu criador e controlador. Alguns exemplos: concluir uma vingança, destruição civil, proteção ao habitat do controlador e de seus tesouros, entre outros. No momento da ressurreição o esqueleto herda suas habilidades enquanto possuía carne, peles e órgãos. A alma daquele corpo é buscada no mundo dos mortos e selada em seu corpo no mundo dos vivos. Em transformações e maldições este processo não existe, é algo mais doloroso para o portador da maldição carregando inúmeros transtornos espirituais.

É possível identificar parcialmente o corpo do esqueleto de acordo com seu figurino. Apesar de serem apenas esqueletos, alguns apresentam peças fundamentais que identificam qual é a origem das ossadas. Os jogadores que possuírem um conhecimento histórico podem informar ao seu grupo o significado daquele símbolo. Por conseqüência é possível definir uma boa estratégia para derrotar o inimigo ou compreender perigos iminentes.

Por exemplo: Um esqueleto que utiliza um escudo com um emblema de uma rosa e duas ramas de espinhos entrelaçadas. Um guerreiro em seu grupo associa este símbolo com o de um exército real lendário que foi derrotado por uma magia poderosa.


Diferentes conceitos para personagens do mestre e jogador.

Esqueletos como personagem do narrador: São lacaios malignos que estão submetidos a deter os personagens dos jogadores que avançam em busca de seus objetivos. Eles são controlados por um poderoso feiticeiro, maldição ou objeto.

Esqueletos como personagem do jogador: São lacaios de personalidade conturbada – não sabem definir se são do bem ou do mal – mas possuem um mentor. Este mentor irá oferecer o seu objetivo para concluir aquilo que você não conseguiu fazer em vida. Outra parte importante são as maldições. Alguns personagens podem possuir a forma de esqueleto em algumas condições estabelecidas pela maldição.

Os jogadores esqueletos podem sofrer uma dificuldade em socializar em uma cidade de grande porte, porque em geral não é bastante comum ver um esqueleto andando por aí e acenando com a mão saudando os civis. Por isto é importante encontrar um traje que disfarce a criatura caso necessite entrar em domínios civis.

Construir um personagem esqueleto a princípio pode oferecer trabalho. O importante é como lidar com a situação. São personagens que podem ser explorados e render boas histórias. Se você ainda não interpretou um personagem esqueleto não perca tempo. É bastante divertido e rende boas risadas. Até a próxima dica.

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